Estátua de Zeus
Historia:
A origem do nome Jogos Olímpicos, segundo alguns escritores, refere-se à primeira sede das competições – Olímpia -, local onde existia um templo dedicado a Zeus, o Senhor do Olimpo, morada dos deuses, a cujo filho Hércules as lendas atribuem o início desses jogos. Divindade suprema dos helenos, Zeus (Júpiter para os romanos) era a personificação do céu, pai dos deuses e dos homens, ordenador do mundo, que residia no éter ou no cume das montanhas, mas quase sempre preferia ficar no Olimpo, entre as outras divindades. Ele presidia a todos os fenômenos da atmosfera, alternando os dias e as noites, a sucessão das estações climáticas e dos anos, as nuvens, as tempestades, os ventos, o raio e o trovão, a chuva e o arco-íris. Deus fecundo, protetor das colheitas e dos frutos, era venerado em todos os países gregos, principalmente no cume das montanhas, razão pela qual existiam vários centros onde seu culto era praticado.
Olímpia era um desses lugares. Quando da construção do seu templo consagrado ao deus maior, a incumbência de projetar o prédio e acompanhar as obras de execução foi entregue a um arquiteto grego chamado Libos, mas ao final dos trabalhos, em 456 a.C., o santuário foi considerado muito mundano, ou seja, não transmitia, na opinião da maioria, a espiritualidade que todos achavam ser necessária ao local. Diante disso, não passou muito tempo para que os administradores da cidade decidissem que como estava não podia ficar, e por isso algumas modificações precisariam ser feitas. Para realizá-las o escolhido foi Fídias, prestigiado escultor ateniense, que assumiu, assim, a tarefa de transformar aquele lugar sagrado em um centro de veneração que fizesse jus à magnitude de seu divino protetor. Entusiasmado com a missão que lhe haviam dado, o artista esculpiu, então, a sua obra-prima, uma estátua como nunca antes havia sido feito. Na descrição do pintor holandês Martim Jacob Heemskerk (1498-1574), a peça alegórica tinha 15 metros de altura, equivalente a um prédio moderno de cinco andares, era de marfim e ébano e toda incrustada de ouro e pedras preciosas, mostrando Zeus sentado em seu trono de cedro, com uma coroa na cabeça.
Dados:
Foi construída por volta de 450 a.C.
Em 170 a.C. um terremoto abalou o templo e a estátua. O monumento foi restaurado, mas no século IV sofreu novo ataque, quando o imperador Constantino de Bizâncio determinou que fosse retirado todo o ouro que decorava o templo. Transferida para Bizâncio em 420, foi destruída por um incêndio em 475.
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